quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Cultura nos anos 50

O fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, alterou significativamente o cenário internacional, com a divisão do mundo em dois blocos político-militares liderados pelas duas superpotências emergentes: EUA e URSS. O esforço de ampliação da área de influência econômica, política e ideológica dos EUA implicou o estímulo à penetração da cultura norte-americana não só em países latino-americanos como o Brasil - na verdade, esse processo já se iniciara aqui desde os tempos da guerra, com o alinhamento do Brasil aos EUA -, mas também na Europa. Reforçado pela prosperidade econômica norte-americana no pós-guerra, difundia-se em todo o mundo ocidental um espírito de otimismo e de esperança, um novo modo de viver propiciado pela produção em massa de bens manufaturados de uso pessoal e doméstico.


No Brasil, essas transformações foram se consolidando ao longo da década de 1950, e alteraram o consumo e o comportamento de parte da população que habitava os grandes centros urbanos. A paisagem urbana também se modernizava, com a construção de edifícios e casas de formas mais livres, mais funcionais e menos adornadas, acompanhadas por uma decoração de interiores mais despojada, segundo os princípios da arquitetura e do mobiliário moderno. Através da propaganda veiculada pela imprensa escrita, é possível avaliar a mudança nos hábitos de uma sociedade em processo de modernização: produtos fabricados com materiais plásticos e/ou fibras sintéticas tornavam-se mais práticos e mais acessíveis. Consolidava-se a chamada sociedade urbano-industrial, sustentada por uma política desenvolvimentista que se aprofundaria ao longo da década, e com ela um novo estilo de vida, difundido pelas revistas, pelo cinema - sobretudo norte-americano - e pela televisão, introduzida no país em 1950.


A consolidação da chamada sociedade de massa no Brasil trouxe consigo a expansão dos meios de comunicação, tanto no que se refere ao lazer quanto à informação, muito embora seu raio de ação ainda fosse local. O rádio cresceu no início dos anos 50, quando houve um aumento da publicidade. As populares radionovelas, por exemplo, tinham como complemento propagandas de produtos de limpeza e toalete. Na televisão, a publicidade não se limitava a vender produtos, e as próprias empresas eram produtoras dos programas que patrocinavam. Houve um aumento da tiragem dos jornais e revistas, e popularizaram-se as fotonovelas, lançadas no início da década. O cinema e o teatro também participaram desse processo, tanto do lado das produções de caráter popular quanto das produções mais sofisticadas. No caso do cinema, as populares chanchadas, comédias musicais produzidas pela Atlântida, empresa criada nos anos 40, tiveram seu auge nos anos 50, e seus atores foram consagrados pelo público. O teatro de revista, que também misturava humor e música, fazia bastante sucesso. Apesar de originárias da década de 1940, as experiências tanto de um cinema industrial, como foi o caso daquele produzido pela Vera Cruz, quanto de um teatro menos popular, como o do Teatro Brasileiro de Comédia, ainda perduraram ao longo dos anos 50.
Se o otimismo e a esperança implicaram profundas alterações na vida da população em todo o mundo, permitindo, não a todos, mas a uma parcela - os setores médios dos centros urbanos -, consumir novos e mais produtos, por outro lado, a vontade do novo trazia embutido, em várias áreas da cultura, o desejo de transformar a realidade de um país subdesenvolvido, de retirá-lo do atraso, de construir uma nação realmente independente.


O entusiasmo pela possibilidade de construir algo novo implicou o surgimento e/ou o impulso a vários movimentos no campo artístico. Eram novas formas de pensar e fazer o cinema, o teatro, a música, a literatura e a arte que se aprofundavam, como revisão do que fora feito até então. Em alguns casos, consolidou-se um movimento que já se iniciara em décadas passadas. Mas outros movimentos nasceram exatamente naquele momento e se tornaram marcos e/ou referências de renovações estéticas que viriam a se firmar mais plenamente depois. Guardando suas especificidades, e em graus diferenciados, tanto o cinema, quanto o teatro, a música, a poesia e a arte, movidos pela crença na construção de uma nova sociedade - fosse ela industrial, fosse ela centrada na valorização do elemento nacional e popular - abraçavam expressões artísticas e estéticas inovadoras que vinham sendo praticadas não só em outras partes do mundo, mas também no próprio país. Essa foi, em linhas gerais, a marca do processo de renovação estética em curso ao longo da década de 1950. Por outro lado, o vigor do movimento cultural encontrava eco junto a setores das camadas médias urbanas em franca expansão, sobretudo universitárias, sintonizadas com o espírito nacionalista da época, e com a crença nas possibilidades de desenvolvimento do país.


A identificação dos chamados "anos dourados" com o espírito otimista que consagrou o governo Kubitschek acabou, assim, por englobar todo um conjunto de mudanças sociais e manifestações artísticas e culturais que ocorreram dentro de um debate mais geral sobre a reconstrução nacional, em curso desde o início dos anos 50 até os primeiros anos da década seguinte.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Literatura Brasileira nos anos 50

No Brasil os anos 50 foram férteis: 1956, por exemplo, é considerado um dos grandes marcos literários do país; oram publicados naquele ano O encontro marcado, de Fernando Sabino; Doramundo, de Geral Ferraz; Vila dos Confins, de Mário Palmério e Grande Sertão: veredas, de Guimarães Rosa. Ainda desta década é Gabriela, Cravo e Canela (58), de Jorge Amado. A trilogia O tempo e o vento, de Èrico Veríssimo, teve seu primeiro volume, O continente, publicado em 49 e O retrato em 51.

Graciliano Ramos

Graciliano Ramos foi preso em março de 1936, acusado de ligação com o Partido Comunista. Prisão sem processo, mas que não evitou a deportação do acusado, num porão de navio, para o Rio, onde permaneceu encarcerado. Foi demitido do cargo de Diretor da Instrução Pública e levado a diversos presídios, até Janeiro de 1937, quando foi libertado. Dessa experiência resultou a obra Memórias do Cárcere, publicada postumamente em 1953. A obra não é o relato puro e simples do sofrimento e humilhações do homem Graciliano Ramos; é a análise da prepotência que marcou a ditadura Vargas e que, em última análise, marca qualquer ditadura. É um dos depoimentos mais tensos da literatura brasileira.

Escrito em quatro volumes (sem o capítulo final, pois Graciliano faleceu antes de concluí-lo), Memórias do Cárcere narra acontecimentos da vida de Graciliano Ramos e de outras pessoas que estiveram presas durante o Estado Novo. A narrativa é amarga, mas sem exageros ou invenções, nessa obra Graciliano Ramos é fiel aos acontecimentos. Se há amarguras e sordidez, é porque as situações vividas foram sórdidas e amarguradas. 

A narrativa de Graciliano Ramos, pela exposição de motivos contida no capítulo de abertura da obra, dá ao texto uma autenticidade autobiográfica, sobretudo se a ela somarmos a “explicação final” de Ricardo Ramos, na qual ficam esclarecidas as dificuldades que impediram o autor de dar definitivamente o texto por concluído. Essa narrativa, característica do relato autobiográfico, oferece a típica junção autor-narrador-personagem, sendo possível percebê-la como resultado da experiência vivida, o que aproxima Graciliano Ramos da noção de narrador clássico. 

 Augusto de Campos
 
Em 1952 Augusto de Campos, com seu irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari, lançou a revista literária "Noigandres", origem do Grupo Noigandres que iniciou o movimento internacional da Poesia Concreta no Brasil. O segundo número da revista (1955) continha sua série de poemas em cores POETAMENOS, escritos em 1953, considerados os primeiros exemplos consistentes de poesia concreta no Brasil. O verso e a sintaxe convencional eram abandonados e as palavras rearranjadas em estruturas gráfico-espaciais, algumas vezes impressas em até seis cores diferentes, sob inspiração da Klangbarbenmelodie (melodia de timbres) de Webern. Em 1956 participou da organização da Primeira Exposição Nacional de Arte Concreta (Artes Plásticas e Poesia), no Museu de Arte Moderna de São Paulo. 



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Acontecimentos da Física e Matemática nos anos 50


Descobrimos que na Fisica Espacial  

Em 4 de Outubro de1957 foi lançado do primeiro satélite, o Sputinik. O Sputnik não se destinava a durar muito tempo. Seu jogo de baterias tinha uma expectativa de vida de apenas algumas semanas. Depois de um pouco mais de três semanas em órbita, as baterias do satélite falharam. O satélite continuou a orbitar a Terra 1.440 vezes durante 92 dias. Em 4 de janeiro de 1957, o Sputnik se incendiou na reentrada da atmosfera da Terra. Em 3 de Novembro de 1957, o Sputinik II coloca em orbita da Terra o primeiro ser vivo, a cadela Laika. Dados biológicos do animal foram monitorados durante uma semana. Laika morreu poucas horas após o lançamento, em pânico, devido ao super-aquecimento da cabine. Já o  Sputnik III, utilizando uma nova versão de foguetes propulsores, o Sputnik 8A91, lançou um laboratório espacial de estudo do campo magnético e do cinturão radiativo da Terra. Foi lançado em 15 de maio de 1958, pesando 1340 kg, e permaneceu em órbita por dois anos.


                                                         
     
Já na Matemática...


A historia da matemática é muito antiga, mas aqui no Brasil nos anos 50 tiveram muitos acontecimentos, foi nessa decada que começaram a surgir interesse pela Matemática aplicada, muitos jovens estudantes usavam esse assunto como trabalhos de mestrado. Em 1953 foi criada a segunda sociedade de Matemática no Brasil.
Em 1954, o professor Luiz Freire funda o Instituto de Fisica e Matematica, onde foram desenvolvidas atividades e pesquisar de matematica e fisica. Esse instituto criado em Recife atraiu muitos cientistas estrageiros para conhecer o instituto.Em 1957 em Minhas Gerais realizou o 1° Colóquio Brasileiro de Matemática. Depois desse evento as faculdade do Rio e São Paulo começaram a desenvover estudos em diversas aereas da matematica e fisica. 
No final da decade 50 ocorreu um movimento internacional de reformulação do ensino da Matemática,
conhecido com Movimento da Matemática Moderna, para que nos proximos anos o ensino tradicional se 
supera-se poís ate a década de 50 era apenas ensinada a matemática clássica.


Descobertas na Biologia

Na decade de 50 foi descoberto a estrutura do DNA

No dia 7 de março de 1953, no laboratório Cavendish, na Inglaterra, Francis Crick e James Watson concluíram que a molécula do DNA tem a estrutura de uma dupla hélice, uma descoberta que daria novos rumos à ciência. A partir de então, a biologia molecular tornou-se, de fato, uma ciência que hoje, com meio século de avanços, traz à cena a transgênese, a genômica e a possibilidade da clonagem reprodutiva.



Em biologia também o cientista Miller fez a produção em vidro de um individuo a partir de celulas( to tipotência em plantas) e Briggs e king fizeram girinos ( to tipotência em animais)

Bruce C. Heezen descobriu a Dorsal meso-atlântica.
A primeira vacina de poliomelite, desenvolvida por Jonas Salk, foi introduzida para o público em 1955.
O primeiro transplante de órgão foi feito em Boston e Paris em 1954



Descobertas Químicas nos anos 50


Em quimica nos anos 50, foi a decada da descoberta de remedio para doente mentais, como depressão, a ansiedade, as manias, as obsessões, a esquizofrenia e outras psicoses. Conhecido como a decada  "Esvaziadora de Hospícios" muitas descobertas foram feitas nessa área. Em apenas uma década foram descobertos o lítio (em 1949), a reserpina (1954), as fenotiazinas (1954), os benzodiazepínicos (1956), os inibidores de MAO (1954), os tricíclicos (1957) e as buterofenonas (1959).
Antes desses medicamentos sintéticos terem sido descobertos já se conhecia a reserpina, um alcalóide natural tóxico, extraido da planta Rauwolfia serpentina. Ela foi identificada apenas em 1952 como o seu princípio ativo, por Hugo Bein, na Suiça. A reserpina em altas doses provocava marcados efeitos psicológicos e era usado como um eficiente medicamento contra a hipertensão arterial. 1954, o psiquiatra americano Nathan Kline (que ficou famoso posteriormente pela descoberta do primeiro antidepressivo), relatou seu uso no tratamento de psicoses. A reserpina, no entanto, tinha fortes efeitos colaterais: embora tranquilizasse a agitação psicótica (posteriormente descobriu-se que seu efeito era mediado pela depleção de serotonina no cérebro), causava por este fato uma forte depressão, idéias suicidas, etc. Assim, foi logo abandonado, principalmente porque na mesma época surgiram outros medicamentos.


 Também na decada de 50 tivemos a descoberta da  flufenazina (Moditen, 1956), o haloperidol (Haldol, em 1958). Surgiram então os chamados antipsicóticos ditos atípicos, como clozapina (Clozaril, 1965) a risperidona (Risperdal, 1992), a olanzapina (Zyprexa, 1997) e outros.


Política e Economia nos anos 50

Foi na década de 50 que o Brasil começou a se modernizar. Foi nesta década que chegou ao Brasil a televisão, ocasionando profundas mudanças nos meios de comunicação. A imprensa falada ganha corpo com o radio levando informação aos mais remotos rincões, o mundo passa por uma efervescência cultural atingindo o Brasil com uma intensa movimentação tanto na música quanto no cinema, teatro, sendo a Bossa Nova um grande exemplo desses movimentos. O país engatinha a caminho da modernização, passando de país agrário, com a maior parte da população morando no campo a caminhar para a industrialização com a população migrando do campo para as cidades proporcionando um grande crescimento destas e se urbanizando. Por tudo isto é que os anos 50 se caracterizaram por uma profunda modificação na sociedade brasileira.
Nesta década o Brasil inicia os primeiros passos para entrar no caminho do desenvolvimento econômico. Foram anos de intensa movimentação política culminando com a chegada de Juscelino à presidencia, prometendo modernizar o Brasil. Seu grande feito que o projetou para história foi a contruçao de Brasília a nova capital. A novidade governamental foi  seus planos de metas, prometendo governar 50 anos em 5. O populismo impera com  governantes portadores de grande apelo popular.
O grande populista, Getulio que sai da vida para passar para historia em 1954.
Os grupos sociais começam a se organizar em associações, sindicatos e partidos  dando o chute inicial do que seriam as grandes mudanças ocorridas nos anos 60. O objetivo da autora é traçar paralelos entre a atuação dos grupos sociais e sua movimentação, traduzindo os conflitos pelos quais passava o Brasil em processo de modernização.

O mais bem sucedido dos programas  de avanço industrial  nos anos  50, durante a administração de Kubitschek, foi o que estimulou a promover a industria  automobilística, dirigido pelo GEA (grupo executivo da industria automobilística).
        Esse programa  ofereceu grandes  benefícios  á importação  de equipamentos  e para  fabricação de componentes  automotivos durante  um período  limitado  de anos. Em troca, essas empresas se comprometeriam  a adotar  uma política  de substituição  progressiva  de importações  por componentes de fabricação nacional.
        Dessa forma, pretendia-se criar uma grande industria brasileira de fabricantes de componentes independentes. Finalmente  as empresas automotivas  foram classificadas como ‘industrias de base’, permitindo  que recebessem auxilio financeiro do BNDE.
        A orientação proporcionada pela GEIA também foi responsavel  por criar  o que  se considerou uma combinação  correta de veículos, pois na época, metade  da produção  consistia  de automóveis de passageiro, o restante  de utilitários e caminhões.
        Outros grupos  executivos  realizaram esforços  semelhantes  na criação de industrias  nos campos de construção  de navios, maquinaria pesada, tratores e equipamentos telefônicos.

Os efeitos das políticas  de industrialização

        O processo de industrialização durante o período posterior a 2º guerra mundial  ocasionou elevados índices de crescimento  econômico, a taxa média  de crescimento chegou a 7,8% de 1956-62. Um indicador da transformação  da economia é a mudança na distribuição setorial do PIB, a industria  foi  o setor dinâmico da economia, pois cresceu regularmente, ultrapassando a agricultura na metade dos anos 50.
AS novas industrias não  só representavam atividades  nos últimos estágios  de produção, mas também  em  outros  níveis do processo produtivo.
        Embora a substituição de importações fosse a principal  força propulsora do período como  um todo, seu impacto principal  parece ter  ocorrido  em meados e no final dos anos 50, quando  ocorreram as maiores  quedas nos índices  de importações  e a oferta total de bens de capital  e de consumo.
        Outra forma  de observar  as mudanças  havidas na estrutura econômica brasileira  é examinarmos  as tendências  na distribuição  de valor  bruto  agregado  e no emprego  do setor  manufatureiro.
        As industrias  tradicionais (têxteis, produtos alimentícios) sofreram queda em sua posição relativa, enquanto  houve  crescimento  na industria de substituição  de importações (equipamentos de transportes, maquinaria, aparelhos eletrónicos)





Papel da Mulher nos anos 50

As mulheres da década de 1950 foram herdeiras de ideias antigas, mas sempre renovadas, de que as mulheres nascem para ser donas de casa, esposas e mães, e teriam que saber da importância atribuída ao casamento.

Namoro

Nem sempre pais e filhas sonhavam com o mesmo namorado ideal. É provável que, por exemplo, algumas moças gostavam de rapazes bonitos e carinhosos, não correspondendo as expectativas dos pais. Entretanto o critério principal de avaliação do bom partido, um futuro bom marido, era mais consensual: ser honesto e trabalhador, capaz de manter a família com conforto, pois se acreditava que “só o amor não é tudo, quando a fome bate na porta da rua o amor pula pela janela”
O amor era considerado importante para a união conjugal, mas não o suficiente para garanti-la. Dificuldades financeiras, diferenças de classes, problemas familiares, preconceitos sociais eram algumas das barreiras reconhecidas e reforçadas contra as uniões fora dos padrões. 

Casamento

O casamento-modelo definia atribuições e direitos distintos para homens e mulheres. Tarefas domésticas como cozinhar, lavar, passar, cuidar dos filhos e limpar a casa eram consideradas deveres exclusivamente femininos. Dentro de casa, os homens deveriam ser solicitados apenas a fazer pequenos reparos. Para as revistas da época, as mulheres não tem o direito de questionar a divisão tradicional de papéis, nem exigir a participação dos maridos nos deveres do lar.

Na maioria dos casos de brigas conjugais relatados pelas revistas, a razão era dada aos homens e, mesmo quando se reconhecia os motivos das queixas femininas, as esposas eram aconselhedas a ceder e a resignar-se em nome da felicidade conjugal.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vamos falar de MODA....

Os anos 50 foram marcados por várias transformações que influenciou nos anos seguintes e nos dias atuais, para muitos ficou marcado como o “anos dourados” e não é para menos, os anos 50 foi uma época de muito glamour.
Nos anos 50 a televisão chegou ao Brasil, Elvis Presley arrasava nos palcos com um novo ritmo chamado Rock in roll, The Beathes fazia sucesso no mundo inteiro, Marilyn Monroe explode nos cinemas com o filme “Os Homens Preferem as Loiras” e  muitos outros acontecimentos marcantes que trouxeram muitas mudanças no mundo inteiro. É claro que a moda não pode ficar de fora, os anos 50 foi repleto de novidades no mundo da moda e foi uma ferramenta muito importante para os dias atuais. Na época a moda buscava romantismo e feminilidade, o sonho de toda jovem era se casar, ter filhos e ser uma excelente dona de casa, suas roupas eram discretas e charmosas, as moças daquela época eram bem vaidosas.
Antes os  vestidos que iam até o tornozelo, aos poucos os vestidos foram encurtando até um dedo após os joelhos, o que trouxe á moda os vestidos e saias rodadas, grande marca dos anos dourados. Era uma época de sofisticação e luxo, cuidar da aparência era essencial.

A cintura tinha que ser bem marcada, não podia esquecer os sapatos de salto altos e das luvas, além das jóias, lenços amarrados no pescoço, penteados e maquiagem, claro. A maquiagem daquela época focava muito os olhos, muito delineador e rímel, os lábios tinham um toque especial de batom, o mais famoso e querido da época era o vermelho, sem falar no pó de arroz pra dar aquela palidez na pele. Nunca vendia-se tanto produtos de cosméticos e maquiagem. Nessa mesma época criaram as calças femininas, as jovens adoravam, mas naquela época as mulheres que usavam calça eram julgadas, pois muitos achavam que calça era coisa de homem, mas a calça tinha vindo pra ficar, para compor o look sapato baixo e suéter.
Mesmo com toda discrição da época foi criado o biquíni, mesmo sendo bem grande comparado
Biquíni dos anos 50
Aos biquínis atuais, houve muito preconceito de muitas pessoas, pais e maridos não queriam que suas filhas e esposas mostrassem o corpo, mas, como a calça feminina, logo foi se perdendo todo preconceito e depois de poucos anos virou febre no mundo inteiro.

Mas a moda dos anos 50 não foi um marco apenas para as mulheres, os homens também foram incluídos. Os garotos queriam mostrar rebeldia e atitude, após o sucesso do filme lançado nos cinemas “Juventude Transviada” (1955) os garotos passaram a usar jaquetas de couro e calças jeans, o que combinava com as motocicletas, sonho de consumo de todo jovem dos anos 50, além das camisetas brancas, moda imposta pelo o filme “Um bonde chamado desejo” (1951). Muitos estilistas dos dias atuais se inspiram na moda retro, principalmente dos anos 50, para compor as roupas, dando um toque de elegância e suavidade, a maioria das roupas estilo boneca e romântico são inspiradas nos anos 50.

domingo, 31 de outubro de 2010

Contexto histórico da década de 50


    O final da segunda guerra mundial impôs grandes mudanças no cenário mundial. Estados Unidos e União Soviética, engajadas na guerra fria. Procuravam ampliar suas áreas de influencia. Era preciso reconstruir os países destruídos da Europa Ocidental. A ajuda financeira veio dos Estados Unidos, o plano Marshall.

Aos poucos, junto com o apoio financeiro, o estilo de vida e cultura dos americanos, foram penetrando em vários países. Era um momento de grande prosperidade econômica dos Estados Unidos. Houve aumento da produção e da capacidade de consumo. A indústria americana passou a produzir em massa objetos de pessoal e doméstico.
Cada vez mais chegavam às lojas geladeiras, máquinas de lavar, barbeadores, televisores, rádios portáteis, automóveis e outros bens. Com um custo baixo de fabricação, esses produtos podiam ser vendidos mais baratos e traziam a marca do prático, do eficiente e do moderno.
Esse novo estilo de vida estava acompanhado de um sentimento de esperança e otimismo trazido pelo final da guerra e pelo conseqüente desejo de uma vida melhor.


As inovações científicas e tecnológicas desenvolvidas durante década de 50:


  O uso da energia nuclear, os grandes computadores, a produção dos antibióticos, o lançamentos dos primeiros satélites artificiais.
   O surgimento da tv no Brasil um grande marco para a década de 50
A tv no Brasil surgiu no dia 18 de setembro de 1950, trazida por Assis Chateaubriand que fundou o primeiro canal de televisão no país a TV Tupi .
Nos anos 1950, a TV teve no Brasil um caráter de aventura, sendo os primeiros anos marcados pela aprendizagem, com improvisos ao vivo (não havia ainda o videotape). O alto custo do aparelho televisor- que era importado - restringia o seu acesso às classes mais abastadas. Os recursos técnicos eram primários, dispondo as emissoras apenas do suficiente para manter as estações no ar. 




  Assis Chateaubriand queria aumentar seu conglomerado de mídia Diários Associados, e para isso, resolveu trazer a televisão para o Brasil. Como na época o equipamento não era produzido no país, toda a aparelhagem teve de ser trazida dos Estados Unidos.
Junto aos seus funcionários, foi buscar todos os equipamentos que chegaram por navio no porto de Santos no dia 25 março de 1950, no litoral do estado de São Paulo. Os equipamentos eram todos encomendados da Radio Corporation of America(RCA). Antes disso, já havia realizado uma pré-estréia com uma apresentação do Frei José Mojica, um padre cantor mexicano.


As imagens geradas não passaram do saguão do prédio dos seus Diários Associados, que possuía alguns aparelhos de televisão instalados.
Em 10 de Setembro, é realizada uma transmissão pela TV Tupi ainda em sua fase experimental. O conteúdo exibido era um filme onde o ex-presidente brasileiro Getúlio Vargas relatava seu retorno à vida política.
Então, no dia 18 de Setembro 1950, Assis realiza seu grande sonho: coloca no ar oficialmente a TV Tupi canal 3 de São Paulo, PRF-3 TV. O transmissor de televisão comprado da RCA foi colocado no topo do prédio Banco do estado de São Paulo. As imagens são geradas a partir de um estúdio localizado na Rua 7 de Abril, no centro da cidade. Uma célebre frase é dita por uma jovem criança de 5 anos de idade: "está no ar a televisão no Brasil". O logotipo do canal era um pequeno índio, e a garota estava vestida a caráter.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Anos dourados a década de 1950

Os anos 50 foram marcados por grandes avanços científicos, tecnológicos e mudanças culturais e comportamentais. Foi a década em que começaram as transmissões de televisão, provocando uma grande mudança nos meios de comunicação. No campo da política internacional, os conflitos entre os blocos capitalista e socialista (Guerra Fria) ganhavam cada vez mais força. A década de 1950 é conhecida como o período dos "anos dourados".
    Poucos sabem mas o Brasil já sediou uma copa do mundo perdendo a final para o Uruguai em  m pleno Maracanã. A TV Tupi, inaugurada em Setembro de 1950,  é o primeiro canal de televisão da América Latina.
    Os ano 50 também foi marcado por muitas guerras entre elas a Guerra da Coréia em 1950 a 1953.  Em plena guerra fria é assinado, em 1955, o Pacto de Varsóvia (tratado de defesa militar que envolvia os países socialistas do leste europeu, comandados pela União Soviética). Em 1959 ocorre a Revolução Cubana o líder da revolução Fidel castro se torna presidente de cuba e em 1959 começa a Guerra do Vietnã.
   Os anos 50 marcado com a influencia do Norte Americano Elvis Presley com um rock e estilo dançante começa a fazer sucesso em 1956. Já Argentina nao ficou pra atrás a revolução do Rock and Roll. Nos anos 50, os centros urbanos de Buenos Aires, Rosario e La Plata foram palco do Rock and Roll. Algo que caracterizou este ingresso foi a rápida assimilação e transformação a partir de aparências locais. Já aqui no Brasil a  Bossa Nova começa ganhar força. Os maiores representantes foram: Tom Jobim, Vinícius de Morais e João Gilberto. No final da década de 1950, é formada a banda de rock Beatles.
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