sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Política e Economia nos anos 50

Foi na década de 50 que o Brasil começou a se modernizar. Foi nesta década que chegou ao Brasil a televisão, ocasionando profundas mudanças nos meios de comunicação. A imprensa falada ganha corpo com o radio levando informação aos mais remotos rincões, o mundo passa por uma efervescência cultural atingindo o Brasil com uma intensa movimentação tanto na música quanto no cinema, teatro, sendo a Bossa Nova um grande exemplo desses movimentos. O país engatinha a caminho da modernização, passando de país agrário, com a maior parte da população morando no campo a caminhar para a industrialização com a população migrando do campo para as cidades proporcionando um grande crescimento destas e se urbanizando. Por tudo isto é que os anos 50 se caracterizaram por uma profunda modificação na sociedade brasileira.
Nesta década o Brasil inicia os primeiros passos para entrar no caminho do desenvolvimento econômico. Foram anos de intensa movimentação política culminando com a chegada de Juscelino à presidencia, prometendo modernizar o Brasil. Seu grande feito que o projetou para história foi a contruçao de Brasília a nova capital. A novidade governamental foi  seus planos de metas, prometendo governar 50 anos em 5. O populismo impera com  governantes portadores de grande apelo popular.
O grande populista, Getulio que sai da vida para passar para historia em 1954.
Os grupos sociais começam a se organizar em associações, sindicatos e partidos  dando o chute inicial do que seriam as grandes mudanças ocorridas nos anos 60. O objetivo da autora é traçar paralelos entre a atuação dos grupos sociais e sua movimentação, traduzindo os conflitos pelos quais passava o Brasil em processo de modernização.

O mais bem sucedido dos programas  de avanço industrial  nos anos  50, durante a administração de Kubitschek, foi o que estimulou a promover a industria  automobilística, dirigido pelo GEA (grupo executivo da industria automobilística).
        Esse programa  ofereceu grandes  benefícios  á importação  de equipamentos  e para  fabricação de componentes  automotivos durante  um período  limitado  de anos. Em troca, essas empresas se comprometeriam  a adotar  uma política  de substituição  progressiva  de importações  por componentes de fabricação nacional.
        Dessa forma, pretendia-se criar uma grande industria brasileira de fabricantes de componentes independentes. Finalmente  as empresas automotivas  foram classificadas como ‘industrias de base’, permitindo  que recebessem auxilio financeiro do BNDE.
        A orientação proporcionada pela GEIA também foi responsavel  por criar  o que  se considerou uma combinação  correta de veículos, pois na época, metade  da produção  consistia  de automóveis de passageiro, o restante  de utilitários e caminhões.
        Outros grupos  executivos  realizaram esforços  semelhantes  na criação de industrias  nos campos de construção  de navios, maquinaria pesada, tratores e equipamentos telefônicos.

Os efeitos das políticas  de industrialização

        O processo de industrialização durante o período posterior a 2º guerra mundial  ocasionou elevados índices de crescimento  econômico, a taxa média  de crescimento chegou a 7,8% de 1956-62. Um indicador da transformação  da economia é a mudança na distribuição setorial do PIB, a industria  foi  o setor dinâmico da economia, pois cresceu regularmente, ultrapassando a agricultura na metade dos anos 50.
AS novas industrias não  só representavam atividades  nos últimos estágios  de produção, mas também  em  outros  níveis do processo produtivo.
        Embora a substituição de importações fosse a principal  força propulsora do período como  um todo, seu impacto principal  parece ter  ocorrido  em meados e no final dos anos 50, quando  ocorreram as maiores  quedas nos índices  de importações  e a oferta total de bens de capital  e de consumo.
        Outra forma  de observar  as mudanças  havidas na estrutura econômica brasileira  é examinarmos  as tendências  na distribuição  de valor  bruto  agregado  e no emprego  do setor  manufatureiro.
        As industrias  tradicionais (têxteis, produtos alimentícios) sofreram queda em sua posição relativa, enquanto  houve  crescimento  na industria de substituição  de importações (equipamentos de transportes, maquinaria, aparelhos eletrónicos)





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